A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), publicou decreto de situação de emergência zoossanitária no estado de Goiás para mitigação de risco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). De forma preventiva, a medida visa reforçar as ações, já desenvolvidas em território goiano, de vigilância, prevenção e pronta resposta diante do cenário nacional da doença, mesmo sem qualquer registro da gripe aviária no Estado até o momento, seja em granjas comerciais ou de subsistência, assim como em aves silvestres.
A decisão da Agrodefesa acompanha diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias, por meio da Portaria nº 784/2025, a vigência da emergência zoossanitária nacional declarada em 2023. O foco é ampliar o trabalho preventivo, já que o próprio Mapa confirmou na última quinta-feira (15/5) a detecção do vírus da influenza aviária em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Em agosto de 2023, Goiás já havia publicado o Decreto nº 10.297, que estabeleceu situação de emergência zoossanitária, de forma preventiva, para mitigação do risco da gripe aviária no Estado. O decreto estadual valeu por 180 dias, a partir da data da publicação, e foi prorrogado por algumas vezes.
A publicação do novo decreto em Goiás, que tem validade de 180 dias, busca alinhar o Estado às medidas já adotadas em nível federal, garantindo agilidade na mobilização de recursos e na implementação de ações imediatas em caso de eventual foco da doença no território goiano. O decreto permitirá o reforço da coordenação entre instituições públicas e privadas, ampliando a eficácia das medidas de biossegurança e controle sanitário.
A avicultura é um dos pilares do agronegócio goiano e brasileiro. Em 2024, o Brasil produziu cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, mantendo-se como o maior exportador mundial do produto. Goiás ocupa a 4ª posição no ranking nacional de produção de aves, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde — o 2º e o 6º maiores produtores do Brasil, respectivamente. O setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas no estado.
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