Relatório da empresa de pesquisa MarketGlass aponta que o mercado global de cosméticos veganos deverá ultrapassar a marca de US$ 21 bilhões até 2027. Atualmente, avaliado em US$ 15,1 bilhões, crescerá a uma taxa composta anual de 5,1% nos próximos anos, aponta o estudo. Já levantamento realizado pela Opinion Box indica que 96% das brasileiras valorizam produtos não testados em animais, veganos e naturais. Este cenário indica uma mudança clara no setor de beleza, com a adoção de práticas mais responsáveis e conscientes.
Em Goiânia, o Shopping Órion possui uma franquia Orgânica Body & Spa, que atende ao público interessado nestes produtos. “As pessoas estão mais informadas e preocupadas com o que consomem e usam, tanto por questões de saúde quanto de consciência ambiental. Muitos procuram alternativas que não envolvam testes em animais ou ingredientes de origem animal. O público tem valorizado muito a transparência e isso faz com que os cosméticos veganos ganhem espaço e confiança no mercado”, destaca a CEO da unidade, Dayane Lopes.
Alguns produtos são os queridinhos do público na Orgânica do Shopping Órion. “Os produtos mais vendidos na loja são três. O desodorante Cristal, feito com apenas um ingrediente natural e sua função é eliminar a bactéria causadora do odor, mas auxilia no clareamento das axilas, não mancha as roupas, sua fixação é de 12 horas e a durabilidade de dois anos. Em seguida a linha infantil e a capilar”, elenca. “Nosso diferencial está em oferecer cosméticos livres de alumínio, especialmente desodorantes.
Diferenças – A dermatologista Flávia Grandi, especialista em dermatologia natural em Goiânia, explica sobre todos os cosméticos não convencionais. “Para que um produto seja vegano é necessário que ele não tenha nenhum ingrediente de origem animal na fórmula. Inclusive, não são produtos testados em animais. Já um cosmético natural significa que ele tem pelo menos 95% de ingredientes naturais, que podem ser botânicos como também de animais. A maioria dos cosméticos naturais é vegano, pois a riqueza botânica de ativos é imensa e é possível fazer inúmeras fórmulas com estes ativos, sem ingredientes de origem animal. Mas isso não é uma regra. Da mesma forma que não são sinônimos, cosméticos naturais e veganos nem sempre são cosméticos limpos. Para que um cosmético seja limpo é necessário que ele não contenha nenhum ingrediente na formulação que possa fazer mal a longo prazo à nossa saúde ou à do meio ambiente. É necessário que sua formulação seja livre de ingredientes prejudiciais, sobretudo os disruptores endócrinos, que são substâncias que interferem a longo prazo no nosso equilíbrio hormonal”.
Flávia Grandi receita em seu consultório porque é adepta dos cosméticos naturais. “Já completei minha transição há algum tempo e lá em casa todos usam produtos naturais, meu marido, eu e minhas filhas. Hoje recebo produtos de muitas empresas para testar, dar feedback e ajudar na formulação. O crescimento deste mercado é enorme, por isso é importante conhecer o propósito das marcas, a procedência dos produtos, assim como sua qualidade, certificações e selos” afirma. “Em relação a transição de cada paciente, eu sempre digo que o tempo para que isso aconteça varia de acordo com o momento de cada um. Não é necessário jogar fora todos os produtos de uma única vez, é um processo. Mas recomendo fortemente que comece, porque a pele, que é extensão da sua saúde, agradece. À medida que os produtos convencionais forem acabando, recomendo repensar as escolhas e optar por produtos naturais e limpos de boa qualidade e procedência. Pele, cabelos e unhas agradecem”, completa.
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