A peça Chapeuzinho Esfarrapado inspirada em Tatterhood, percorrerá cidades goianas começando pelo Teatro Goiânia Ouro, na capital (12 e 13/09), seguindo para o Cine Teatro São Joaquim da Cidade de Goiás (19 e 20/09) e o encerramento será no Theatro Sebastião Pompeu de Pina de Pirenópolis (26 e 27/09). Trata-se de conto homônimo do folclore escandinavo que fala de igualdade de gênero.

Dirigida por Camila de Sant’Anna e Lídia Olinto, a peça mostra a jornada da protagonista em busca de uma melhor e mais corajosa versão de si mesma. O texto do espetáculo é uma criação da premiada dramaturga Márcia Zanelatto. Em cena, os atores Sílvia Paes e Mattoso Ribeiro trazem à vida personagens cativantes, que conduzem o público por uma narrativa mágica e reflexiva.

Nos três palcos goianos, a personagem Conceição vai experimentar formas de se proteger do Trácado, personagem que tenta se apoderar da sua cozinha – espaço mágico onde ela se desenvolve através dos alimentos.

Segundo a diretora do espetáculo, Camila de Sant’Anna, Chapeuzinho Esfarrapado é uma das poucas histórias feministas do folclore mundial. Isto porque, os antropólogos que iam “colher” essas histórias tradicionais, eram em sua maioria homens. “Então, a alegria que sinto ao dirigir esse espetáculo é a de colaborar com a constituição de um imaginário coletivo feminista desde a infância”, complementa.

Ainda de acordo com a diretora, as expectativas para a circulação em Goiás são as melhores possíveis. Justamente, por ser tão próximo do DF e por grande parte da equipe ter origens familiares nas cidades, que iremos apresentar.

A peça é um convite para mergulharmos em uma história que a cada repetição surge novas perspectivas e possibilidades. Estrategicamente, a montagem de Chapeuzinho Esfarrapado é um convite ao público para que acompanhe a personagem enfrentando um desafio que se repete.

Inspirada no conceito de que nunca entramos no mesmo rio, pois nunca somos a mesma pessoa de antes e o rio também muda a cada momento em seu leito. Assim também é para Conceição, que se transforma ao longo da história. Evidenciando a importância de nos protegermos das opressões que se repetem no nosso cotidiano.

“Esperamos com esse jogo cênico inspirar crianças e adultos a elaborarem seus processos de autoproteção e de amor próprio e, da mesma forma, estimular o diálogo sobre como cultivar relações saudáveis entre meninos e meninas, com respeito ao espaço e à expressão de cada um”, finaliza a dramaturga Márcia Zanelatto.