O agronegócio goiano acaba de conquistar um novo mercado internacional, com o início da exportação de melão produzido em Porangatu, no Norte do Estado, para a Argentina. A primeira carga, de 20 toneladas, já partiu para o país vizinho. Somente neste ano, são acompanhadas pela Agrodefesa  goiana, 40 lavouras de cucurbitáceas em Goiás com foco na exportação.  São 37 áreas de melancia, duas de abóbora e uma de melão, que somam 492 hectares de cultivo nos municípios de Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Porangatu e Uruana. A produção total estimada é de 33,5 mil toneladas, sendo 30.410 toneladas de melancia, 2.590 de abóbora e 500 de melão.

O processo de exportação exige monitoramento rigoroso da mosca-das-frutas (Anastrepha grandis). Este trabalho é realizado por responsáveis técnicos habilitados e fiscalizado pela Agrodefesa. Os fiscais estaduais agropecuários cadastram as lavouras e monitoram diferentes fases do ciclo produtivo, inspecionando o embarque dos frutos, emitindo permissões de trânsito de vegetais e lacrando a carga. Na fronteira, um auditor fiscal do Mapa realiza a última checagem e emite o Certificado Fitossanitário de Exportação, documento que garante a entrada do produto no país importador.

O coordenador do programa de Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para Curcubitáceas da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, explica que as medidas adotadas no SMR são fundamentais para a exportação dos produtos. “O monitoramento começa ainda no campo, com coleta de amostras e inspeções semanais. Só após a comprovação de que não há ocorrência da mosca-das-frutas é que a lavoura recebe autorização para exportar. Esse cuidado garante a rastreabilidade e a segurança fitossanitária até o destino final”, detalha.

Expansão de mercados – Com a inclusão do melão na pauta de exportação, Goiás amplia sua presença internacional nas cucurbitáceas, grupo que já inclui a melancia e a abóbora. A expectativa é de que o melão de Porangatu siga o mesmo caminho e consolide espaço no mercado externo, sempre com a chancela da Agrodefesa como garantia da segurança fitossanitária do país importador.