A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu nesta quarta-feira (30/4), como a mais nova imortal, Míriam Leitão, comentarista de política e economia do grupo Globo desde 1991. Aos 72 anos, ela passa a ocupar a cadeira 7, que pertencia ao cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro passado. Míriam recebeu 20 dos 37 votos possíveis, superando o ex-senador Cristovam Buarque, que teve 14 votos. Ela é a quinta mulher entre os atuais integrantes da Academia.

Tem 16 livros publicados, em gêneros tão diferentes como crônica, romance, literatura infantil e não ficção. Suas obras de maior destaque são Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda (2012 − Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e Livro do Ano de Não Ficção) e Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades (2023), com o qual venceu o Prêmio Intelectual do Ano − Troféu Juca Pato de 2024. Recebeu, entre outras honrarias, o internacional Maria Moors Cabot. A data da posse ainda não foi marcada.

Biografia – Nascida em Caratinga (MG). em 7 de abril de 1953, Míriam Azevedo de Almeida Leitão é a sexta de 12 filhos do casal Uriel e Mariana.

Começou a vida profissional no Espírito Santo, indo depois para Brasília, São Paulo, até se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro, em 1986.

É escritora com 16 livros publicados de diversos gêneros literários: não ficção, crônica, romance e livros infantis. É jornalista de jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Em 53 anos de vida profissional, trabalhou em vários veículos de imprensa, entre eles Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil.

Desde 1991 está no grupo Globo, é colunista do jornal O Globo, comentarista do Bom Dia BrasilGlobonewsCBN e âncora do programa de entrevistas Míriam Leitão Globonews.

Em dezembro de 1972, aos 19 anos, grávida, foi presa por se opor à ditadura militar.

É casada com o escritor e cientista político Sérgio Abranches. Tem dois filhos, Vladimir Netto e Matheus Leitão, e o enteado Rodrigo Abranches. Tem quatro netos Mariana, Daniel, Manuela e Isabel.