A retirada de fios soltos nos postes da capital e de consequência o reordenamento da infraestrutura aérea da cidade provocou reunião da Prefeitura de Goiânia, Ministério Público, empresas de telecomunicações e Equatorial provocando uma ação com início ainda em 20 de outubro. O prefeito Sandro Mabel determinou a reorganização do programa Cidade Segura para dar mais celeridade ao trabalho que priorizará bairros onde a situação se apresentar om maior gravidade. Esse mapeamento será repassado às empresas na próxima quarta-feira (15/10).

A situação provocou a Câmara Municipal de Goiânia a propor a  instalação de  uma Comissão Especial de Inquérito para apurar os casos de fios soltos em postes de Goiânia. A iniciativa obteve apoio de 28 vereadores, que assinaram o requerimento de autoria do vereador coronel Urzêda.  CEI atuará na identificação e na investigação de empresas de energia, de internet e de telefonia que, ao abandonarem cabos e fios no espaço público, geram insegurança à população.

 Goiânia conta com 75 mil linhas que não estão em funcionamento e que ainda não foram retiradas dos postes. Os trabalhos serão coordenados Prefeitura. “Esse monte de cabo que está caído não vai mais existir. Nós vamos começar por uma ação emergencial, que é exatamente nos setores onde nós temos mais cabos pendurados, caindo e tudo mais. Tenho certeza de que agora, pegando firme nisso daí com o Ministério Público junto, nós vamos conseguir dar uma arrumada boa na cidade”, afirma o prefeito Sandro Mabel.

Ainda segundo ele, a desorganização dos fios pela cidade acaba trazendo contratempos evitáveis para os goianienses, como acidentes. O prefeito reforçou que está disposto a sanar o problema que se arrasta há anos e que está disposto também a ser parceiro das empresas responsáveis para dar uma solução em conjunto desse gargalo. ” Nós vamos fazer uma lista positiva de todas as empresas que estão cadastradas e trabalhando legalmente. A Prefeitura vai divulgar esses nomes para que as pessoas possam saber de quem elas estão adquirindo o produto para não adquirir ninguém da clandestinidade.”

Já o gerente de relacionamento da Equatorial, André Abrão, reforçou que a empresa tem fiscalizado e notificado as irregularidades desde o primeiro dia da empresa em Goiás. Segundo ele, somente em Goiânia, mais de 50 mil notificações foram feitas. “Participar deste processo, que vai cuidar da cidade, que de fato também é minha, é algo muito gratificante. O grupo de trabalho aqui está pensando na população. Vocês podem ter certeza que dentro de tudo aquilo que é factível, tudo aquilo que é possível para a distribuidora, vamos fazer. Somos parceiros de enorme relevância no projeto que está sendo aqui reestruturado”, afirma.

O presidente da Associação das Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicação e Internet do Centro-Oeste, Romenig Júnior Antônio de Lima, afirmou que a entidade irá fazer um plano de ação, fará a notificação dos provedores que estão regulares sobre os fios soltos e também um levantamento sobre para a Prefeitura e Anatel sobre os provedores irregulares.

“É fácil sabem quem são os irregulares porque eles têm que identificar o cabo deles. Eles informam uma quantidade na Equatorial e acabam passando muito mais cabos. Outro caso é a rede neutra, um provedor que trabalha em cima de outra operadora. Ou seja, a irregularidade atrapalha quem está trabalhando da maneira correta”, diz.