Dados divulgados pelo Mapbiomas na última segunda-feira (12/06) revelam que o desmatamento em Goiás recuou 2% no ano passado na comparação com 2021. O relatório mostra também que nenhum município goiano está entre os 50 que mais desmataram.
Embora o desmatamento tenha diminuído em Goiás, ele cresceu 31,2% no Cerrado brasileiro como um todo. A explicação está no Cerrado Matopiba, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Em três desses quatro estados, o desmatamento avançou 48% (Bahia), 116% (Piauí) e 31% (Tocantins). O Mapbiomas concluiu que 26,3% da área desmatada no País está no Matopiba.
Esses números fazem parte do relatório anual do desmatamento (RAD) no Brasil, construído a partir da validação, refinamento e geração de laudos para cada alerta de desmatamento detectado ao longo do ano no Brasil.
De acordo com o RAD, houve incremento na supressão ilegal de vegetação em todos os biomas, com exceção da Mata Atlântica (em que o recuo foi de 0,6%). O estudo traz números preocupantes sobre a Amazônia (19%), Caatinga (22%), Pampa (27,2%) e Pantanal (4,4%).
Segundo a secretaria estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o desmatamento caiu em Goiás por causa de dois fatores: 1) a fiscalização ficou mais eficiente; e 2) a análise de pedidos de supressão legal e monitorada de vegetação ficou mais ágil, o que convenceu mais produtores a respeitar a lei ambiental.
As autuações emitidas pela Semad por desmatamento saíram de 6,2 mil hectares em 2018 para 16 mil em 2019, primeiro ano do atual governo, 18 mil em 2020, 32 mil em 2021 e 64 mil em 2022. Até maio deste ano, a área desmatada submetida a autuação já passava de 18 mil. O número de autos saiu de 534 em 2020 para 1.363 em 2022.
Já a quantidade de licenças emitidas pela Semad para supressão de vegetação feita conforme determina a lei ambiental, com monitoramento, saiu de 1,4 mil autorizações expedidas em 2018 para 27 mil em 2022.
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